sexta-feira, 27 de março de 2009

Desabafo

Por vezes sinto-me cansada. Como se não conseguisse respirar, a precisar de fôlego...
Daí sinto-me frustrada por ainda errar e por não conseguir atingir as minhas expectativas!

Mas, por outro lado penso: Bolas (!), vestir a pele de ser humano e voltar a um estado de plenitude é, de quando em quando, difícil de alcançar. Tudo requer o seu tempo e disponibilidade emocional.

Por seu turno, as roupas que vestimos, desempenham papéis distintos. É como se tivéssemos uma multiplicidade de seres dentro de nós, em que todos eles nos despertam várias emoções.

Para encontrar a luz em cada papel, em que temos de exercer acção, é necessário tempo e amor para cuidar de cada emoção que emerge.

Ainda não consigo despir a roupa toda que vesti!

Sinto que para atingir a iluminação, precisasse de me despir de determinados pesos que me foram colocando ao longo do meu crescimento. Todas essas capas têm necessidade de serem largadas.

Vejamos cada papel a desempenhar com cada roupa a que lhe é associada: como mulher, Mãe, companheira e amante, amiga, neta, filha, sobrinha, irmã, prima, nora, social, dona de casa, profissional...

Fiquei cansada de tanta roupa ter que despir!

Pois é, mas novamente sinto alegria e acredito no melhor que tenho em mim. Afinal de contas sou um ser de amor, tenho imensa luz dentro de mim! Eu sinto-a!

Os desafios são para ser vividos e para tal precisamos de experienciar, errar e aprender com os erros, amadurecer, evoluir! Precisamos de estar connosco, de ter tempo para nós.

Entremos nos nossos santuários interiores. Busquemos esse tempo!

Quero ser apenas Una!

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terça-feira, 17 de março de 2009

Reflexão

Algumas pessoas podem-se perguntar acerca do que é o Universo (Deus ou o nome que lhe queiram chamar), o que é isso da luz ou a espiritualidade.

A espiritualidade poderá ser a calçada que nos leva ao nosso Eu mais profundo, o caminho de retorno à nossa essência!

Penso que a nossa essência seja a luz que queremos ver no outro lado do túnel, que mora no outro lado do coração... o nosso verdadeiro Eu, despido do ego.

O ego veste a pele das nossas emoções menos positivas, como o rancor e o orgulho. No entanto, elas têm como emoção de base o medo. Porque razão ninguém gosta da palavra medo? Porque é que resistimos em assumir os nosso medos?
Talvez porque o ego se sente vulnerável, porque como seres humanos temos medo de sofrer.
Mas a nossa alma não sofre, na nossa essência não existe medo, somente o Amor Incondicional. Amor esse, que não pede nada em troca, não julga, não critica, não se zanga, impacienta ou chateia. Tudo aceita.
O Amor Incondicional não conhece limites, ele é infinito!

Já se deixaram sentir por este amor dentro de vós?
Acreditam em vós próprios?
Acreditam nos vossos sonhos?
Acreditam que há uma energia que nos protege e com a qual nos conectamos?

Porque não partem então em busca dessas verdades?
Não neguemos nada que há partida não conhecemos!

A verdade está na nossa experiência... na experiência de nos deixarmos sentir por esse amor. Um amor que nos preenche cheio de alegria e paz!

Quando nos sintonizamos com a nossa energia de amor sentimos nos protegidos, seguros, confiantes e alegres. Por vezes podemos nos sentir em êxtase, quase sem respiração, em harmonia absoluta. Ou quiçá não existam mesmo palavras para descrever esse amor!
Por outro lado, posso descrever a minha experiência como se me sentisse a rir à gargalhada com a minha alma, com a minha própria energia...

Sintam a vossa criança interior. Relembrem uma cena positiva da vossa infância e como se sentiram nela.

Como se sentem quando expressam a vossa criatividade em inocência e espontaneidade?
Relembrem momentos de felicidade!! Sintam-se felizes!
Aceitem tudo e não resistam a nada, a nenhum processo...
Nada é por acaso! Tenhamos paciência para saber a razão de tudo o que nos acontece, porque tudo tem uma lição, uma mensagem ou uma partilha de aprendizagens! Tudo é para acolher com amor!

Sorri, abraça, ama sem temor!
Acolhe a tua essência...

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quinta-feira, 12 de março de 2009

Vivam os Conflitos!

Conflitos... internos, externos, quem não os tem?

Eles actuam como um despertador. Por vezes desligamo-lo e queremos permanecer adormecidos.
O conflito diz-nos que há algo em nós que não está bem, que há uma energia em desequilibro que precisa de cura.

É sempre difícil olhá-lo de frente, porque nos obriga a mergulhar nas águas profundas do nosso interior. O ego intervém na busca da ilusão e manipula a nossa mente ansiosa, agindo na resistência do encontro com a nossa essência. Em conjunto caracterizam o nosso lado sombra.

No entanto, do nosso coração emerge a Luz!
No coração encontramos a compaixão necessária para conseguirmos olhar aquilo que nos magoa, aquilo que não queremos ver em nós.

Por outro lado, vestimos a pele de humanos necessariamente, para fazer esse caminho, o caminho do coração! Não há humano que não seja dotado da capacidade de amar. Não há humano que não tenha amor dentro de si.

Assim sendo, os conflitos são uma ferramenta necessária para aprendermos a percorrer esse caminho. Olhemos então para eles, como uma oportunidade de crescimento, de evolução.

Todo o conflito nos diz que há uma insegurança, uma emoção que não foi acolhida, que por sua vez, gerou o medo. É aqui que o ego interfere com a aversão e o orgulho, pois não gosta de se sentir vulnerável, sem controlo.

Há determinadas pessoas ou situações que nos despertam esses medos, (conscientes ou inconscientes), essa energia de conflito que trazemos em nós, e automaticamente, rejeitamo-las porque nos causam um mau-estar.

Mas tudo depende da nossa intenção e da nossa abertura de espírito.
O meu desafio consiste em olharmos para a situação ou pessoa que nos causa o conflito, como o gerador que acciona o nosso despertador para a mudança. Como uma benção que nos traz a oportunidade para a evolução.

A cura está no amor que o nosso coração pulsa!
Amemos os nosso medos, para que os trasformemos em Amor!
Que possamos agora acolher essa emoção.

Os conflitos servem para nos despertar para as nossas mudanças internas.
Não podemos mudar nada nem ninguém, porque tudo é passado.
A única coisa que podemos fazer é mudarmo-nos a nós no aqui e agora!

Que assim seja!

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